Como vencer o medo de amar? A raiz desse medo está nas relações afetivas que não deram certo. Você se frustrou com as expectativas que criou e, para não passar por isso novamente, criou defesas. E a única solução que enxerga é não se envolver afetivamente com ninguém.
No primeiro sinal de desafeição, você já se afasta. Prefere não conhecer pessoas novas. A cada tentativa de amigos em te apresentar possibilidades, você prefere se isolar na sua casa, no seu quarto. Tudo isso para evitar sofrimento.
Qual é o nome desse sofrimento?
E você sabe qual é o nome desse sofrimento? Ele esconde frustrações, como traições, perdas traumáticas quando estava apaixonado? Ou você sente medo de ser rejeitado?
Definir o nome da dor que você evita é muito importante para te ajudar a trilhar o melhor caminho e vencer o medo de amar.
O fato de você ter passado por frustrações no passado, não significa que elas irão sempre repetir. Sabendo o que você deseja para você e não agindo na carência, sempre valerá a pena arriscar.
Você não será sempre rejeitado ou traído, principalmente pelo fato das pessoas serem diferentes umas das outras.
Ninguém evolui sozinho
Compreenda que ninguém evolui sozinho e a solidão é uma das principais causas de doenças psíquicas. Por isso, estar com alguém, antes de mais nada, é uma escolha inteligente para sua saúde emocional.
Afinal, é na troca que construímos pontes, trocamos carícias, atendemos necessidades fisiológicas sexuais mútuas, auxiliamos na evolução do outro, que nos desafia a sermos melhores a cada dia. Entender tudo isso te dá ferramentas de como vencer o medo de amar.
Benefícios da paixão
Além de tudo isso, há benefícios da paixão que amplificam nossa qualidade de vida. Diferentes pesquisas mostram que a paixão libera endorfinas, substâncias produzidas pelo cérebro que acionam e estimulam o circuito neuronal do prazer, estimulando o corpo como um todo. Assim, a pele fica mais bonita, a pessoa tem mais vontade de se cuidar, o mundo passa a ter um significado positivo e as situações felizes são mais valorizadas. A paixão traz felicidade e as pesquisas também apontam que ser feliz torna a saúde melhor.

No cérebro, a região que rege os nossos sentimentos primitivos, como raiva, alegria e tristeza, recebe mais sangue e os neurotransmissores apresentam atividade mais intensa quando o indivíduo pensa na pessoa por quem está apaixonada e amando.
A paixão traz consigo a calma, tranquilidade, energia, motivação e a sensação de otimismo.
E mesmo que haja diferenças entre a paixão e o amor, cada uma dessas fases tem sua importância principalmente no que tange o desenvolvimento do sentimento junto ao conhecimento do outro com quem se está construindo uma relação. As origens do medo de amar ocorrem justamente nas primeiras fases, em que a adrenalina nos faz meter os pés pelas mãos.
Por que tenho medo de amar?
Sabendo disso, por que então eu tenho medo de amar? A resposta está justamente no seu passado. A tendência do ser humano é acreditar que tudo se repete, generalizando o comportamento alheio, o que se trata de um grande erro cognitivo, tendo suas bases em traumas.
Porém, é fato que determinados comportamentos podem determinar determinados tipos de pessoas em nossas vidas. Por isso, a importância do autoconhecimento.
Por outro lado, o medo de amar pode esconder algumas crenças disfuncionais como não ser uma pessoa boa o suficiente, ser incapaz, indicando a categoria de desamparo, além de outras crenças associadas às categorias de desamor e desvalor.
Fuga de enfrentamentos
Pode acontecer também do medo de amar esconder a fuga de enfrentamentos. Por exemplo: a pessoa pode estar evitando o contato mais íntimo com outra pessoa, justamente pela dificuldade de relacionamento interpessoal, então, evita uma aproximação.
Nessa mesma linha, pode até se envolver, mas sempre fica no superficial, colecionando relacionamentos casuais para, justamente, com a desculpa de “não se apegar”, o que é um erro porque sempre há algum nível de apego com quaisquer pessoas que nos relacionamentos. Essas pessoas, geralmente, tiveram frustrações profundas no passado, envolvendo perdas traumáticas (muitas vezes até relacionadas com morte).
Dessa forma, é como se qualquer outro relacionamento o fizesse entrar em contato com essa perda anterior não elaborada.
Também há aqueles que temem olhar para si próprios e não se relacionam com outras pessoas mais intimamente porque um relacionamento afetivo, com o tempo, conforme a intimidade aumenta, faz com que um se torne espelho do outro: as qualidades e as falhas ficam mais evidentes.
A Filofobia e o Medo de Amar
A Filofobia é um caso mais grave para o medo de amar. Trata-se de um transtorno de ansiedade bem específico, que se caracteriza pelo medo patológico de se apaixonar. A pessoa reage fugindo às situações em que isso pode ocorrer, chegando a se isolar e até a reagir agressivamente quando alguém tenta tirá-la dessa situação. É um temor injustificado, exacerbado e irracional.
Os sintomas vêm em forma de crises de ansiedade e/ou pânico, angústia, tensão, fuga, choro, tremores, sudorese, autoboicote, tremores, taquicardia, falta de ar, sensação de fraqueza, visão turva, boca seca, problemas gastrointestinais e vertigens. Os sintomas se assemelham muito à fobia social.
Como vencer o medo de amar?
Então, como vencer o medo de amar? Se você se considera uma pessoa com medo de amar, reflita:
Será que você diz não ao amor como uma maneira de se castigar? Você fica se escondendo do mundo atrás de rotinas que não lhe deixam entrar em contato com pessoas novas e interessantes?
Quanto tempo já passou entre sua relação anterior e seu momento atual? Veja dentro de você se já não é hora de mudar de atitude e ir em busca de uma pessoa interessante e que lhe queira bem.
Faça uma lista das suas qualidades e acredite nelas. Perceba quão valioso você é e tente não duvidar disso.
Entenda que por trás dessa fuga desmedida do amor, você esconde uma pessoa intensa, que ama profundamente, e apenas não quer se machucar.
Saiba quais são suas carências e tente supri-las. Isso pode ajudar porque você reduz as chances de depositar essa responsabilidade nas mãos de outra pessoa, e então se frustrar.
Olhe mais profundamente para você mesmo e se ame com a intensidade com que você deseja amar outra pessoa. Por mais subjetiva que essa dica te pareça, olhe para ela como um conjunto de ações que você faz por você mesmo: o que você mais gosta de fazer? O que faz você se sentir bem? Seja quem você é, do que jeito que é, sem mudar nada. Aceite-se por inteiro e vá atrás de concretizar seus sonhos!
Busque ajuda, se precisar. O processo de cura e melhoria através da psicoterapia é indicado para:
Autoconhecimento
Compreensão das emoções
Mudança de estilo de pensamento (se necessário)
Superação de crenças negativas
Fortalecimento da autoestima
Cura do medo.
Caso você precise de ajuda psicológica, fale comigo:
Psicóloga Michelly A. Ribeiro
CRP-08/27324
(45)99131-3177
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